Repercussão inicial e expectativas de bilheteria

As primeiras exibições para a imprensa de Avatar: Fire and Ash ocorreram nesta segunda-feira e as reações iniciais sugerem que James Cameron pode estar prestes a celebrar mais um sucesso estrondoso de bilheteria. Embora as críticas completas e oficiais permaneçam sob embargo até datas mais próximas à estreia do filme, marcada para 19 de dezembro, a 20th Century Studios permitiu que os jornalistas compartilhassem suas primeiras impressões nas redes sociais. O consenso aponta para um cenário promissor, indicando que a produção tem tudo para manter o legado financeiro titânico de seus predecessores.

O veredito da crítica: um espetáculo técnico

As opiniões divulgadas até agora descrevem o terceiro capítulo da saga como o “espetáculo cinematográfico definitivo”. Um dos críticos, mesmo admitindo não ser um superfã da franquia, reconheceu que Cameron entrega uma obra ousada e imersiva, que redefine o conceito de blockbuster ao elevar a emoção e os visuais a novos patamares. Perri Nemiroff, correspondente do Collider, destacou a “magia” contínua dos filmes, descrevendo a experiência como uma viagem intensa onde a complexidade da produção aumenta visivelmente. Já Michael Lee pontuou que, embora a história possa deixar um pouco a desejar em certos aspectos, o filme compensa com visuais “de outro mundo” e uma construção de universo que expande as fronteiras técnicas de maneiras inimagináveis, especialmente em 3D.

Novos antagonistas e o luto em Pandora

A narrativa de Fire and Ash retoma a ação em Pandora logo após os eventos de O Caminho da Água (2022), encontrando a família Sully ainda em processo de luto pela morte de Neteyam, filho de Jake e Neytiri. A trama introduz uma nova e perigosa ameaça: o “Povo das Cinzas”. Este clã Na’vi, temático do fogo e habitante de regiões vulcânicas, é liderado pela vingativa Varang, interpretada por Oona Chaplin em sua estreia na franquia. Além dela, o elenco ganha o reforço de David Thewlis como Peylak, líder dos Comerciantes do Vento. Os veteranos Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang e Kate Winslet reprisam seus papéis, garantindo a continuidade emocional que os fãs esperam.

O desafio financeiro e o futuro da saga

Considerando o histórico de Cameron, as perspectivas são altas, mas o filme terá que realizar proezas para igualar os feitos anteriores. O Avatar original de 2009, que inaugurou a febre do 3D, arrecadou mais de 2,9 bilhões de dólares, mantendo-se como a maior bilheteria da história. Sua sequência de 2022 somou incríveis 2,34 bilhões, mesmo com a indústria ainda se recuperando da pandemia. O diretor foi franco em entrevistas recentes ao afirmar que o futuro da franquia — originalmente planejada para cinco filmes — depende diretamente do desempenho comercial deste lançamento na temporada de festas.

Compromisso de longo prazo

Apesar da pressão, Cameron demonstra confiança e vitalidade. Com uma grande parte do quarto filme já filmada, ele declarou à revista Empire que, prestes a completar 71 anos, sente-se saudável e pronto para dirigir a sequência pessoalmente. Para o cineasta, não há motivos para passar o bastão, reforçando seu compromisso em conduzir essa ambiciosa saga até o fim.