Dinossauros aterrorizantes e novas estrelas em “Jurassic World: Rebirth”
Retorno às raízes do terror jurássico
Lançado em 1993, o icônico “Jurassic Park”, dirigido por Steven Spielberg, marcou uma geração ao trazer dinossauros de volta à vida de forma realista e assustadora. A cena do T-Rex esmagando carros e os Velociraptores caçando crianças ainda são lembradas por muitos. O filme se tornou, por anos, o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos, até ser ultrapassado por “Titanic”.
A franquia deu origem a duas sequências de “Jurassic Park” e depois a uma nova trilogia com “Jurassic World”, que, embora visualmente impactante, trouxe uma abordagem mais familiar e menos aterrorizante. Agora, com “Jurassic World: Rebirth”, dirigido por Gareth Edwards (“Rogue One: Uma História Star Wars”), a série busca resgatar o clima de suspense e medo da obra original.
“Jurassic Park já era quase um filme de terror. Ele fingia ser algo para a família, mas assustava bastante as crianças”, comentou Edwards. Segundo o diretor, como o público da época já cresceu, o novo filme aposta intencionalmente em uma carga maior de horror. “É mais difícil assustar adultos. Por isso fomos além. Até achei que o estúdio fosse dizer não, por ser uma franquia voltada à família. Mas eles também queriam o terror de volta”, revelou.
Monstros mutantes em uma ilha secreta
O tom mais sombrio do novo longa fica evidente ao vermos os dinossauros geneticamente modificados em uma ilha secreta — criaturas tão perigosas que foram consideradas inadequadas até para os parques temáticos.
Alguns desses monstros são tão grotescos que parecem romper com o tradicional apelo comercial da franquia. Afinal, é difícil imaginar brinquedos desses mutantes ocupando as prateleiras infantis.
Ainda assim, Edwards acredita que o apelo continua. “Quando eu tinha quatro anos, só queria brinquedos de monstros e vilões. Acho que o merchandising vai funcionar muito bem”, brincou.
Estrelas de peso se juntam à saga
“Jurassic World: Rebirth” também se destaca por seu elenco de peso. Scarlett Johansson (“Viúva Negra”) vive a mercenária durona Zora Bennett. Mahershala Ali (“Moonlight”) interpreta um velho amigo de Zora, e Jonathan Bailey (“Bridgerton”) assume o papel de um paleontólogo de museu.
Essa nova formação de personagens remete à construção de elenco do filme original, com protagonistas fortes e bem definidos, numa trama de sobrevivência intensa e claustrofóbica.
Final de ‘Rebirth’ abre caminho para o futuro da franquia
O desfecho do sétimo filme da saga é repleto de tensão. A narrativa acompanha duas frentes principais: uma família inocente em férias e um grupo de mercenários em busca de DNA de dinossauros contrabandeado, ambos presos na Ilha Saint-Hubert. Juntos, enfrentam o aterrorizante D-Rex, um híbrido mutante com poder suficiente para mudar o rumo da história.
Apesar da intensidade do confronto final, a maior parte do elenco principal sobrevive. Entre os personagens, apenas cinco morrem em tela — um número modesto considerando o histórico da franquia. Martin Krebs é a única vítima confirmada do D-Rex no clímax, enquanto Duncan Kinkaid, que parecia ter se sacrificado, surpreende ao reaparecer vivo, marcando a maior reviravolta do filme.
O trio formado por Zora, Loomis e Duncan sai fortalecido e com potencial para liderar uma possível continuação. O filme também planta sementes que podem ser exploradas em um próximo capítulo, especialmente com revelações sobre os experimentos passados da InGen.
Um novo fôlego para os dinossauros
“Jurassic World: Rebirth” representa um novo recomeço para a franquia. Ao abandonar personagens estabelecidos e focar em novas narrativas e monstros mais assustadores, o filme reacende o temor e o fascínio pelos dinossauros que encantaram — e aterrorizam — gerações desde 1993. A jornada jurássica ainda está longe de terminar.